O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos – USDA, responsável pelos índices de exportações agropecuárias, anunciou o Brasil como maior exportador de carne bovina do mundo em 2023 e apresentou projeções animadoras para 2024, sobre o mercado global.
As expectativas é que em 2024 o Brasil aumente 3,6% na quantidade de animais embarcados. Frente ao aumento de exportação, o produtor deve observar a oportunidade e buscar se inserir em um mercado de maior valor agregado.
Em 2023 o preço médio do quilo de carne exportada foi de US$4,83 / kg, já no mercado interno, em um cenário positivo, onde o preço da arroba estava de R$250,00, o quilo saiu a R$16,17, ou seja, com o dólar hoje a R$4,95, o quilo da carne vendida no Brasil estaria a US$3,67 / kg. Dessa forma podemos observar que o mercado de exportação da carne bovina como uma oportunidade de investimento, mas devemos ter ciência da exigência desse mercado.
O mercado exterior presa por uma carne que tenha padronização de carcaça, qualidade dessa carcaça e segurança alimentar, e para garantir que o produtor siga os padrões eles requerem a rastreabilidade desses animais a serem exportados desde o nascimento.
A rastreabilidade consiste em um sistema que verifica, desde o nascimento do animal até o abate, informações sobre:
- Movimentações: de uma propriedade a outra, propriedade a abate, origem e destino.
- Características dos animais: de acordo com padrão racial, genealogia, idade, sexo, peso.
- Histórico reprodutivo: índices reprodutivos
- Histórico sanitário: vacinações, tratamentos, saúde.
- Histórico alimentar: dieta fornecida nas fases produtivas e desempenho.
Dessa forma o comprador consegue ter melhor controle dos animais adquiridos o que garante segurança alimentar. Essas medidas também estimulam ainda mais a exportação de produtos brasileiros para mercados internacionais.
O Sistema de Identificação e Certificação de Bovinos e Bubalinos – SISBOV desempenha o papel de registrar e controlar a identificação individual de bovinos e bubalinos, garantindo seguridade e transparência.
Para identificar esses animais, é utilizado uma combinação de identificação física, com brinco e chip de identificação e um sistema de controle eletrônico, rastreando detalhadamente a vida do animal de forma a tender protocolos internacionais.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA é o órgão responsável pela regulamentação e regulação do Sistema de Identificação e Certificação de Bovinos e Bubalinos – SISBOV, desde 2022 com sua criação.
A rastreabilidade é importante para:
- Garantia de Qualidade: A rastreabilidade assegura que a carne bovina atende a padrões rigorosos de qualidade e segurança alimentar.
- Transparência e Confiança: Informações precisas sobre a origem e o manejo dos animais aumentam a confiança dos consumidores.
- Acesso a Mercados Internacionais: Muitos países exigem rastreabilidade completa para a importação de carne. O Sistema de Identificação e Certificação de Bovinos e Bubalinos – SISBOV é essencial para o acesso a mercados exigentes, como a União Europeia e Ásia.
Para o mercado brasileiro, a adesão ao Sistema de Identificação e Certificação de Bovinos e Bubalinos – SISBOV, fortalece a posição do país nos mercados internacionais e melhora os padrões de produção nacional, elevando a qualidade do gado brasileiro.
Para o mercado externo, a adesão ao Sistema de Identificação e Certificação de Bovinos e Bubalinos – SISBOV atende às exigências de rastreabilidade de países importadores e facilita a negociação com novos mercados, aumentando as exportações
A rastreabilidade bovina, particularmente através do Sistema de Identificação e Certificação de Bovinos e Bubalinos – SISBOV, é vital para a indústria agropecuária brasileira. Não apenas assegura qualidade e segurança, mas também é um passaporte para mercados globais, fortalecendo a economia e reforçando a reputação do Brasil como um fornecedor confiável de carne bovina.