Otimizar o uso de pastagens e plantas forrageiras em sistemas de produção de bovinos é realmente um desafio. Isso se dá por causa de diversos fatores:
- Sazonalidade (períodos de tempo no ano que se apresentam particularidades específicas) das plantas forrageiras de boa qualidade nutricional;
- Desafios climáticos;
- Características de solo;
- Baixo teor nutricional em plantas mais adaptadas ao clima da região.
Dessa forma a estratégia de suplementação com uso de concentrado é imprescindível para maior produtividade.
A mistura dos alimentos concentrados é balanceada por um nutricionista. Essa mistura de forma homogênea para ser prontamente consumida pelos animais, é chamada de ração.
Os alimentos concentrados são muito utilizados nas dietas de bovinos de alta produção, geralmente, pequenas porções fornecem alto teor de matéria seca e consequentemente maiores teores de nutrientes.
São considerados alimentos concentrados os que geralmente contém baixo teor de água e valores menores que 18% de fibra, possuindo também grande variação em suas composições nutricionais.
Os concentrados podem ser subdivididos de acordo com o teor de proteína, sendo eles:
- Os alimentos proteicos, com teores acima de 20% de proteína;
- Os concentrados energéticos, com menos de 20% de proteína.
Dentro os concentrados proteicos, se encontram, por exemplo:
- Farelo de soja;
- Farelo de algodão;
- Torta de algodão.
Dentro dos alimentos energéticos, se encontram, por exemplo:
- Milho;
- Farelo de trigo;
- Sorgo;
- Milheto;
- Farelo de arroz.
Existem também os concentrados proteicos de origem animal, porém eles são terminantemente proibidos para os ruminantes. Com sua ingestão, ocorre uma modificação da proteína normal no sistema nervoso dos bovinos, devido ao consumo de príons contido nos alimentos, causando doenças neurológicas, como a encefalopatia espongiforme bovina, mais conhecida como doença da vaca louca. Essa doença causa o óbito de animais, criação de barreiras sanitárias e pode fechar o mercado para exportação, consequentemente prejuízos inestimáveis para produtores da pecuária.
Devido à grande variedade de alimentos concentrados, ao definir uma suplementação animal é realizada uma seleção de concentrados, buscando por melhores valores nutricionais e menor custo, combinando sua energia, proteína e demais fatores nutricionais (vitaminas, micro e macro nutrientes).
Mesmo quando combinado os alimentos naturais (pastagens, grãos, farelos de grãos), sabe-se que essa dieta ainda não alcança a exigência nutricional diária dos animais em relação aos teores de vitaminas, macro e micro minerais.
Nesse caso o Núcleo entra como um complemento da suplementação concentrada a fim de corrigir os teores minerais e vitamínicos necessários, além de conter aditivos que permitem um maior aproveitamento da dieta ofertada. Dessa forma, garantir o fornecimento de toda a exigência nutricional do animal, que varia de acordo com a raça, sexo, idade e produtividade.
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2 respostas
Muito top com explicações detalhada fazendo com que todos entendam.
Nota 10 Muito bom.
Obrigado pelo feedback e apoio Valter! Vamos aprender mais juntos.